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semasas

mas no processo de crescimento perdêmo-las.

semasas

29.11.16

Andei a reler este meu blog/estaminé


Sem Asas

assim como os outros 4 blogs que já me deu na telha escrever.

Tanta coisa. Tantas memórias. Tanto orgulho, mesmo assim. Tanto caminho percorrido.



Se estiverem interessados, eis as moradas, por ordem cronólogica:

o grande mas infelizmente falecido Jam Session. Se há alguém que trabalhe nisto dos blogs e tenha possibilidade de o encontrar, seria eternamente agradecida! Foi onde dei os meus primeiros passos na blogosfera, entre 2006 e 2009  acho eu. Blog escrito a 12 mãos (ena, tantas mãos!!), que um estrôncio qualquer apagou. Ninguém percebeu quem dentro do grupo o apagou, seja quem for, deixo aqui a mensagem: 'estrôncio!!!'. Deu origem também a um podcast semanal (que se pode ainda encontrar no iTunes). Muito, mas muito bom!

http://teoriasdopico.blogs.sapo.pt - entre Fevereiro e Setembro 2006. A ideia era escrever os posts mais picantes que me davam na cabeça. Não foi um franco sucesso e acabou rapidamente.

http://thomaseana.blogspot.fr - yep, um blog que tinha a intenção de ser o volume II do Sem Asas. Começou um pouco antes do meu casamento (Março 2010), a ideia era escrever a meias com o Thomas. Às tantas, acabei por perceber que eu era a única a escrever, e voltei para o Sem Asas; de facto não tinha lógica continuar a escrever sozinha num blog que era suposto ser a dois. Premonição? O blog pára em Outobro de 2011.

http://semasasparavoar.blogs.sapo.pt - exactamente 4 posts: 3 em Junho 2012 et um só em Agosto 2016 (acho que foi erro de edição).  Pensei que seria (mais uma) continuação depois do blog anterior. Também não foi um franco sucesso.

 

Pronto, é só isto.

 

 

 

21.11.16

Can love really last that long?


Sem Asas

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Foto tirada no dia do aniversário de 50 anos de casamento dos meus avós.

O amor  dura mesmo? Eu quero acreditar que sim. E que sou capaz também eu de o fazer durar. Quero acreditar que o 'e foram felizes para sempre' também me pode acontecer a mim. Sei que não é coisa que aconteça num estalar de dedos, debaixo da sombra da bananeira.  Aliás, não sou pessoa de gostar de facilidades. Eu gosto de desafios.

Mas por vezes, dou por mim a duvidar. Não que o amor dure - vi et vejo exemplos de casais que duram e duram, melhor que pilhas Duracell. Mas que eu tenha essa capacidade, ou que o mereça, é aí que a coisa vacila. Enfim, devaneios desta manhã... andava em arrumações e vi esta foto.

(Que saudades dos meus avós. Da minha avó tão doce. Do meu avô que não exprimia muito as emoções, mas que tinha um coração enorme. Do peixinho cozido, fresco que só ele, que nunca mais comi um assim tão bom. Do quintal, com a árvore enorme de clementinas (eram clementinas? acho que sim) e as flores plantadas pela minha avó. Do poço. Da torneira que dava água fresquinha, nem era preciso entrar na casa. No terraço por cima da cozinha, que quando éramos pequenas a avó tinha medo que caíssemos de lá de cima. Do vão por baixo das escadas do terraço, que fingíamos que tinha lá um monstro. Quero tanto lá voltar, mas nem isso é possível: a casa foi comprada depois da morte dos meus avós e deve ter sido completamente arrasada para construir melhor. Restam as memorias, agridoces.)

17.11.16

a cena do gorro


Sem Asas

comecei a falar desta cena aqui.
Este fim de semana, vi que o Alexandre tinha um recado na caderneta da escola (aqui em França, chama-se o 'Cahier de Liaison' (caderno de ligação entre a casa e a escola)).

A professora dele, Mme. Tilhet, escreveu que o comportamento do Alexandre tem vindo a degradar-se. Responde mal aos adultos, atira brinquedos no corredor (e atingiu um professor) e corta o gorro durante a classe, em vez de fazer o trabalho dele.
Ora bem.

Enquanto possa aceitar o 'responder mal' (não acho que um adulto seja todo poderoso e que a criança tenha mais é que obedecer, depende das situações) e que acidentes podem acontecer (mas é melhor não atirar nada, não sabes onde vai cair)... a coisa do 'vai de pegar na tesoura e cortar o gorro na sala de aula', isso não.

Já tivemos uma conversa sobre o cortar a roupa (yep, de vez em quando ele corta a roupa dele. Diz que quer ser estilista). Mas o gorro? Isso é suposto proteger-te o frio, não o vais cortar! E ainda por cima ficou na escola, claro está. 2° feira foi à escola sem gorro. Ao chegar a casa, diz-me que a professora deitou o gorro fora. 3° feira, ida à escola sem gorro de novo - eu já disse que por cá faz frio às 8h da manhã? É que faz mesmo. E eu que estava mais calma, lá lhe pedi mais explicações.

Afinal, a coisa foi um pouco diferente do que a professora disse.

O Alexandre já tinha acabado o trabalho dado. Na sala de aula, uma vez que acabam o trabalho, podem fazer um desenho ou ir buscar um livro para ler. Enfim, fazer uma actividade calma, enquanto os outros alunos acabam. E o Alexandre puxa o gorro do saco e da tesoura e vá de cortar as 'tranças' do gorro. Isto porque eu comprei-lhe um gorro que tapa as orelhas também (porque faz frio!!), só que tem uma espécie de cordão com um pompom de cada lado. Quando comprei, ele queria só esse gorro. Mais nenhum, porque é tão giro. E era. Só que os amigos dele gozaram. E o resultado já se sabe.

Portanto, 3° feira de manhã lá lhe fui comprar um outro. Escolhido por mim desta vez. E um que não suscite gozos e risos.

É este tipo de coisas que me faz compreender o meu filho, a sua personalidade e o que se passa na sua vida quando eu não estou lá.

 

17.11.16

Sim ou sopas ?


Sem Asas

Acordo às 5h de manhã com o choro do Gabriel. Que a pilha da luz de presença tinha acabado (e portanto não funcionava mais). Como a mãe imperfeita que sou, não tinha reparado na véspera. E em consequência, não havia pilhas carregadas para o ofício. Disse-lhe que acendia a luz do corredor e com a porta entreaberta ia dar ao mesmo. Mas não, parece que não. E daí seguiu a maior crise que já vi. Seguida de um xixi na cama, coisa maravilhosa que já não acontecia há alguns meses. E crise ainda maior. Que não quer ir à casa de banho, para terminar o que começou tão bem. Que não quer que eu mude a cama. Que não quer os novos lençóis. Como o colchão estava molhado (a proteção que eu ponho foi ineficaz), toca de dormir no chão. Mas não quer. Agora ja dorme, finalemente (no chão). E eu estou para aqui a perguntar-me se durmo a meia-hora que me resta ou se fico já levantada....e não consigo fazer uma coisa ou a outra. São vidas!

16.11.16

pessoas importantes


Sem Asas

Acabei de reparar num coisa interessante:

no meu telefone, as pessoas importantes estão identificadas no repertório só pelo nome. Sem nome de família. Porque não é preciso!

14.11.16

...


Sem Asas

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Hoje o meu filho mais velho faz 7 anos.
7 anos.


Tanto caminho feito desde o momento que o acolhi nos meus braços.

Tantos erros feitos.

Tanta aprendizagem (para mim e para ele). Ele é a minha cobaia e eu sou a dele. Construímo-nos assim, cada dia um bocadinho mais. Aprendo a conhecê-lo, acabo por me conhecer a mim.

Tanta coisa que eu queria fazer (ou deixar de fazer).

Tanta coisa ainda por explorar.

Tanto amor que tenho ainda para dar.  Mostrar-lhe que é um rapaz maravilhoso, tão cheio de energia e amor pelos outros, mesmo mesmo como eu o imaginava quando ainda estava dentro de mim. Dizer-lhe que tem tanto potencial. Ele tem medo dos outros também e dos olhar deles (ora bolas, foi logo herdar isso de mim). Como a cena do gorro. (depois eu conto aqui no blog). Quer ter amigos, mas escolhe-os ao dedo e depois defende-os ferozmente. Mesmo quando eles não merecem. Tem a cabeça dura, e ainda bem, é preciso para sobreviver neste mundo de loucos.

Tanto medo que tenho por ele também. Que não digo, e escondo onde posso. Porque sei o quanto o mundo lá fora pode ser mau e vicioso. Tanto quanto ele pode ser bom e maravilhoso. Medo que ele  conheça o lado escuro e que se perca nele. Medo que eu morra e não possa estar mais ao seu lado, porque acidentes estúpidos acontecem todos os dias. Medo que um dia ele já não queira os meus braços, porque crescer e querer ir além faz parte.


E é por isso que enquanto posso o guardo aqui nos meus braços de mãe. Que lhe dão carinho e o protegem ao mesmo tempo das maldades do exterior.

Quero tanto que ele saiba que pode sempre, sempre contar comigo. Que o meu maior desejo é que eu seja a primeira pessoa em que ele pensa quando precisar de carinho e proteção e de falar com alguém, e que depois pode partir e ir explorar e aprender de novo.
Porque quando ele precisar, eu estarei lá.

7 anos. É o início de uma nova era.

10.11.16

o acordar, esse momento tão doce na vida de uma família


Sem Asas

Tenho a certeza que há pais perfeitos.

Os quais se levantam cedo da cama, a tempo de se preparar tranquilamente, beber un café enquanto lêem o jornal, depois de terem feito meia-hora de desporto. Que aproveitam o levantar cedo para admirar as estrelas que brilham ainda no Céu e, quiçá, aproveitar para ir acordar o/a mais velho/a para que ele/a veja as estrelas também. E talvez um pequeno quarto de hora de meditação, se houver tempo - e claro que há, pois são organizados, e claro está, perfeitos.

 

E aí sim, depois de estarem bem acordados e muito bem dispostos, vão acordar os herdeiros. Quase de certeza, com uma música suave e um despertador simulador de aurora (sim, sim, isso existe). Eles - os herdeiros - acordam de bom humor, o cabelo já bem penteado, vestem a roupa que foi escolhida antes de se deitarem na véspera. Tomam um pequeno-almoço completo, com pão acabado de fazer, sumo de fruta fresca e leite biológico. Os lanches ja estão prontos na mochila, assim como o saco para a actividade extra-curricular da tarde.
Tudo se passa na calma, ordem e boa disposição. Talvez tenham um tempinho para avançar uns quantos movimentos no jogo de xadrez que dura desde uma semana.

E quando está na hora de ir para a escola / colégio privado, escolhido ao dedo e depois de ter passado uma entrevista exclusiva com o director (que é de facto, um amigo de infância de um amigo da família), as crianças preparam-se tranquilamente e esperam à porta que os pais terminem também eles de se preparar para sair, enquanto conversem entre eles sobre um assunto altamente filosófico ou sobre a actualidade política. Instalam-se no carro (também ele escolhido a dedo!), sem problema algum. Ou vão a pé para a escola. Ao portão, um beijo de bom dia, um sorriso, e as crianças vão juntar-se aos seus colegas de escola, com os quais vão continuar a falar da actualidade política.

 

 

Isto NÃO é o que se passa em minha casa.

Sobretudo esta semana, com o fim dos horários de trabalho. Ainda me estou a adaptar, e claro que eles também.

 

O levantar é um pouco aléatorio, dependendo o meu degrau de cansaço e da hora a que me deitei ontem. Não é um bom sistema, mas é assim. Um duche rápido (mesmo mesmo rápido, só para acordar). Entretanto já abri a porta do quarto deles para começarem a acordar. 3minutos depois, saio da casa de banho, e eles não mexeram nem um dedo. Volto a dizer que é hora de acordar. Um deles resmunga. Acendo a luz e digo mais forte "é hora de acordar!!". Visto-me rapidamente e ainda a apertar o cinto vou de novo ao quarto deles, e volto a dizer, que é hora de acordar. Isto pode-se passar entre 5 a 20 minutos até que eles se dignem a levantar-se. Mais o vestir. 'Não quero a camisola com este boneco', 'quero ir à escola assim' (mangas curtas, portanto)', 'Não quero estas calças', mais um fiado de outras cenas semelhantes.

Pequeno almoço. Cereais, leite, sumo de fruta (esta é a versão quando temos menos tempo). Sirvo-os 'Não, eu quero servir-me sozinho!!'. Pensar que é importante também aprender a independência, mas agora não há tempo nem pachorra. Dizer-lhes que temos pouco tempo para o pequeno-almoço, que temos de nos despachar. Eu acabo, digo-lhes que têm que acabar também, que já estamos atrasados para a escola. Primeiro choro do Gabriel, que não comeu quase nada porque estava a olhar para as moscas. O Alexandre acaba, digo-lhe para se levantar o ir pôr o casaco. Eu ponho os sapatos, o casaco, lavo os dentes. O Gabriel continua a chorar diante os cereais. 'Porra pá, pára de chorar e aproveita para comer, não?' O Alexandre está pronto, mas não vi que ele tinha decidido pôr os ténis com atacadores. Que ele não sabe atar. Gabriel sai da mesa, e ponho-lhe o casaco. 'Não quero as luvas, nem o gorro!' (o cachecol ficou esquecido ontem na escola). Maravilha. Estamos prontos. Abro a porta para sair, o Alexandre fica em casa porque quer fechar o casaco. Claro, mas podes andar ao mesmo tempo, não? Continuo a ralhar com eles nas escadas, óptimo, agora toda a gente do prédio sabe a mãe imperfeita que eu sou.

No caminho da escola (a pé) vejo que temos menos de 10 minutos para chegar à escola. O caminho faz-se em 5... se não se parar. O Gabriel chora, diz que tem frio. Pois, por cá, de manhã ja faz frio, lá para os 3°C. Normal, estamos em Novembro. E é melhor de sair de casa com casaco, gorro, luvas e cachecol. Que ele não quis pôr. Ponho-lhe o gorro do casaco, que funciona como um gorro qualquer. Mãos no bolso, mas anda mesmo assim. O Alexandre, tem uma aversão impressionante de andar ao meu lado. É coisa de andar ou a 2 metros diante, ou a arrastar os pés atras de mim. O Gabriel chora, que agora porque quer parar e descansar (só se passaram 3min desde que saímos). Suspiros, muitos suspiros. Acabamos por chegar à escola, ufa. beijinho cada um, passa um bom dia.

 

E agora que estou em casa, estou para aqui a pensar que sous de facto uma mãe imperfeita. Mas é assim que sou. Estou em construção, ao mesmo tempo que eles. Mas gosto de imaginar que um dia, o acordar por cá será um momento doce e sereno, e não um corrida contra o relógio. Talvez quando eles tiverem mais de 20 anos e já tiverem saído de casa!

 

08.11.16

Mais uma música fantástica


Sem Asas

 

 Esta música... mistura perfeita de uma das minhas canções preferidas de Adèle e Bruno Mars, um dos artistas que eu descobri recentemente e que adoro.

E isto é simplesmente lindo. Gosto. Adoro. Estou apaixonada por este vídeo!

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