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mas no processo de crescimento perdêmo-las.

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31.10.08

Anuncio aos meus leitores


Sem Asas

A partir de 00h01 do dia 1 Novembro 2008, vou recomeçar. Vou tentar de novo. National Novel Writing Month. Arrrrghh, oque fui fazer?

 

Pois bem, eu explico.

Ha dois anos, inscrevi-me pela primeira vez numa espécie de maluqueira, onde outras pessoas por todo o mundo se prometem escrever 50 000 palavras num mês. Palavras estas que seria bom terem um fio condutor entre elas, de forma a contar uma historia. Ora 50 000 palavras, da qualquer coisa como 175 palavras. Um livro.

Ha dois anos, escrevi este post.

E a meio da corrida desisti. Sem disciplina, sem um minimo de organização. Seria um resultado previsivel.

 

Hoje, tenho um tema para a historia, personagens verosimeis, cenas picantes (ou então não, tarados!), um fim mais ou menos desenhado.

Veremos onde é que isto vai dar.

Espreitem o site do NaNoWriMo. é fixe.

 

Aqui vai disto, oh Evaristo!

 

PS - vou tentar escrever o maximo possivel para o meu livro, por isso, lamento informar que é possivel que os posts se tornem raros durante o mês de Novembro.

Um grande abraço a todos os que me lêm, e coragem para aqueles que se juntaram ao NaNo deste ano.

30.10.08

Ode aos meus chinelos


Sem Asas

Tenho um apartamento que adoro. é grande, espacioso, bem mobilado, luminoso.

O apartamento tem um chão em mosaico, por todo o lado.

é bastante pratico para limpar o apartamento.

é pratico para ter frio aos pés.

E eis que decidi comprar uns chinelos.

Chinelos de supermercado, mercado barato mas de pouca qualidade, direis vos.

Nada disso, direi eu em resposta

(que são de supermercado é verdade, mas tudo o resto é pura calunia).

 

Os meus chinelos são os maii'lindos do mundo.

São azulinhos, fofinhos, quentinhos e vou andar com eles até ao fim do Inverno.

28.10.08

Ensaio sobre a Estupidez


Sem Asas

 

Tenho uma duvida, e nao me apetece ir buscar a resposta ao google.

Existe um limite para a estupidez? No livro do Guiness, aparece a pessoa mais estupida do mundo? é uma pergunta interessante. Não digo isto porque encontrei uma pessoa estupida, mas sim porque esta manha decidi deliciar-me com a estupidez cronica que pode existir no seio da Humanidade, cohabitar com tantos seres humanos sem que ninguém estude a forma de a irradicar.

Paremos um momento. Pensemos.

A primeira coisa da qual me lembro, é que a estupidez é subjectiva. Poderia ser aplicado por exemplo a uma pessoa que nunca mentiu, quando mente pela primeira vez por motivos de força maior. Sera apanhada mais rapidamente que um coxo, porque mete os pés pelas mãos, inventa novas mentiras para justificar a primeira, mete-se num embrulho donde não pode sair, enfim. Poderiamos apelidar essa pessoa de estupida. Mas sera isso verdade? Depende do motivo que a levou a mentir, para mim é até uma pessoa inteligente pois nunca mentiu antes.

Por outro lado, vivemos num mundo de numeros, de médias. Quando nascemos, somos comparados com um grafico de crescimento (o famoso percentil). vamos para a escola ha sempre uma média estabelecida por doutores e se estamos abaixo dela somos classificados como burros, estupidos, lentos. No mundo do trabalho, somos bons por comparação com os "maus". Isto quer dizer que as nossas capacidades são-no em comparação com uma medida algures. Mas essa medida é estabelelecida por uma certa média. Supõe que a pessoa que estamos a avaliar teve um certo percurso, jogou com certos jogos na sua infância, leu os livros certos.

Quem ainda me acompanha (eu sei que o raciocinio não esta dos melhores) que pense nos testes de QI. Estes são adaptados à cultura, à lingua, ao pais. Um teste de QI que faço em Portugal, não tera o mesmo resultado que um teste de QI que faça aqui em França (se calhar aqui vou ser considerada como atrasadinha).

Conclusão, o termo estupidez é bastante relativo.

 

Mas, espero que me seja permitido dizer isto: ha um certo tipo de estupidez que me deixa desconfortavel, como bichos carpinteiros no dito-cujo. é a tendência generalizada do deixa andar, de deixar-se acomodar a uma situação mesmo que esta não seja a ideal, o "tudo esta bem desde que veja a(s) minha(s) novela(s) da noite".

é tão mais facil não pensar, não estudar, não querer saber. Esse tipo de estupidez não posso com ela, e tento não lhe ceder demasiado (sim, eu também sou afectada por ela). é uma estupidez que também pode ser chamada de preguiça.

 

Tudo isto esta relacionado com um programa que vi ontem na televisão, um concurso de cultura geral - os concorrentes tinham que responder em 4 segundos qual era a coisa à qual o apresentador dava a definição. 4 segundos. Meus amigos, eu ainda tentava, mas não. So o tentar decifrar o que o apresentador dizia (ele falava como um narrador de um jogo de futebol, pudera dar a definição em 4 segundos é obra), nem me dava tempo para adivinhar. Mas o T (meu companheiro de apartamento e de vida) ainda adivinhou uns quantos. E foi quando comecei a pensar nesta coisa da estupidez. Não me considero estupida. Mas sou uma procrastinada (isso admito francamente). E por isso, decidi começar a fazer estudos de Cultura Geral. Juro, isso esta na minha To Do List de hoje.

Este é o meu (primeiro) ensaio sobre a Estupidez. Digam agora de vossa justiça.

 

23.10.08

...


Sem Asas

(foto Praia da Ilha do Pessegueiro - Porto Côvo)

 

Hey pessoal, esperem por mim!

 

Quero enterrar os pés na areia, olhar para a praia imensa e deserta e sentir-me bem, mergulhar na agua limpa e fria, sentir o meu corpo em comunhão com o mar. Esperem por mim! Quero estender-me na toalha com amigos a meu lado e ter conversas sem pés nem cabeça. Jogar uma partida de xadrez no jogo de viagem que comprei em Londres ( Lewis, lembras-te do mercado em Portobello Road?) Cheirar o ar carregado de sal e fazer apostas idiotas de quem conseguira chegar primeiro à ilha. Esperem por mim! Quero ir ao restaurante da praia, comer as entradas e concordar que são as mais deliciosas que alguma vez comi, escolher um gelado que ira derreter enquanto contamos piadas parvas uns aos outros. Gozar com o meu carro que é velhinho, mas leva-nos onde queremos.

Esperem por mim, estou a chegar!

22.10.08

Fome...


Sem Asas

 Memorias.

Tudo é memorias.

Memorias de coisas que ja me tinha esquecido, memorias de coisas que preferia esquecer, memorias de coisas insignificantes, memorias importantes.

Memorias de momentos passados em companhia de amigos que ja não existem, fora na minha memoria.

Estou farta.

Estou velha.

Tenho fome. Quanto tempo passou desde a ultima refeição? Não me lembro.

Engraçado como coisas que se passaram ha 50anos se me lembram mais rapidamente que da hora dos comprimidos. Como o Tonio, por exemplo.

Ah, o Tonio. Tenho saudades dele. Saudade da sua feroz independência. Saudade das nossas conversas. Faz-me falta a firmeza dos seus braços à volta do meu corpo, que me confortavam mais do que alguma vez admiti, mesmo a mim mesma. Faz-me falta a sua atitude de "não gosto de ninguém e não preciso que gostem de mim". Mas de mim, ele gostava. Isso eu sei.

Oh sim, eu sei que aos olhos do mundo, aquilo que fiz foi uma traição ao meu casamento, mas não foi. Porque o meu Bruno habitava uma dimensão diferente do Tonio. Porque ambos respondiam a diferentes traços da minha personalidade, como as cordas de um violino correspondem a diferentes notas. E quando deixei de ter o Tonio, deixei de ter a alegria que provava ao lado dele. Partiu e nunca respondeu às minhas cartas. E por pudor, nunca lhe telefonei depois da nossa aventura. E uma parte de mim morreu com o seu adeus. Uma corda partida que não pode ser substituída. Não impede, fui feliz ao lado do meu Bruno, com os nosso filhos. Mas a memoria do Tonio, essa é uma que não me podem tirar, ira comigo para a sepultura e pedirei perdão a Deus, se perdão houver para pedir.

Sinto o cheiro a comida, é hora da refeição. Tenho fome.

21.10.08

Estudo sobre a criatividade e a sua utilização na arte de cozinhar


Sem Asas

Eis o que me vem à cabeça cada vez que chega a hora das refeições. Estou em casa, tenho tempo para me esmerar na preparação dos pratos que vão deliciar as minhas papilas gustativas. é o que seria de esperar, não? pois, nem por isso.

 

Tempo não é equivalente a criatividade, infelizmente.

(se o fosse, escreveria neste blog todos os dias).

 

(Agora que penso nisso, a falta de criatividade exprime-se em quase todas as areas da minha vida. ocupo-me de coisas banais, que as coisas que realmente importam irei ocupar-me delas mais tarde. Não pode ser.)

 

Acho que ando meio a dormir, à espera que o tempo passe para que algo aconteça, nem eu sei o quê. Preciso de acordar.

é possivel dar a si mesmo um pontapé no rabo?

 

 

12.10.08

Escrever... para existir


Sem Asas

é um necessidade que nem sempre sei identificar.

 

Podem passar-se dias, semanas e por vezes meses mas a verdade é que o retorno é seguro. Quando fico demasiado tempo sem escrever, sinto que ha algo que nao esta correcto em mim, um sentimento que é mistura de ânsia e de saturaçao: tudo o que vivo, guardo-o em mim até que sinto que é chegada a altura de escrever. De onde me vem esta necessidade? ignoro-o.

 

Mas visto que é neste blog que decidi escrever, sera aqui que continuarei a "postar" o que me passa pela alma. Porque preciso, simplesmente.

 

 

(ha quem diga que estou viciada na escrita. ha vicios piores...)