Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

semasas

mas no processo de crescimento perdêmo-las.

semasas

27.02.06

...


Sem Asas


"Tu as inventé une chose merveilleuse tout à l'heure, sans même t'en rendre compte.
En passant devant mon arche tu m'as souri. Un peu plus tard, ce détective qui vient souvent déjeuner par ici est passé en voiture, il m'a regardé avec son éternel air bougon. Nos regards se sont croisés, je lui ai confié ton sourire, et quand il est reparti je l'ai vu, il le portait sur ses lèvres. Alors, avec un peu d'espoir, il l'aura transmit à celui ou celle qu'il allait voir. Tu réalises maintenant ce que tu as fait? Tu as inventé une sorte de vaccin contre l'instant de mal-être. Si tout le monde faisait cela, rien qu'une seule fois par jour, donner juste une sourire, imagines-tu l'incroyable contagiation de bonheur qui filerait sur la terre?"

                                                                              Marc Levy, in Sept Jours pour une eternité...

PS - quem quiser a tradução, sairá brevemente :)

21.02.06

É assim às vezes


Sem Asas

            

Anjo.jpg


 
Desculpem mas é assim que me sinto ultimamente... Sem asas, sem inspiração, sem grande motivação para escrever. É uma fase e passará como qualquer outra fase. Depois, regressarei em grande! :) Um grande bem-haja aos meus leitores (e aqueles que cá vieram parar por acaso).

 

13.02.06

Reflexões...


Sem Asas


É bom fazer uma reflexão diária. Eu gosto de a fazer pela manhã, pôr cada coisa no seu lugar e preparar o dia que nasce. Como diz R. Sharma no seu livro O Santo, o surfista e a Executiva, façam a vós mesmos as peguntas matinais, reflictam seriamente sobre as respostas. Experimentem, e talvez o vosso dia se torne mais especial...

- Como é que eu viveria este dia, se eu soubesse que era o último?

- Que tenho eu a agradecer na minha vida?

- O que eu posso fazer, hoje, para tornar a minha vida extraordinária?

- O que posso fazer, hoje, que seja incrivelmente divertida?

- Como posso ajudar alguém hoje?

09.02.06

Elogios


Sem Asas


 
                            

smile.jpg

É sempre bom quando alguém nos elogia, mesmo que seja um desconhecido na rua... Seja porque esse alguém se sente atraído por nós, seja por uma qualidade que evidenciamos a dada altura.

Porque estou a escrever isto? Porque quero partilhar convosco uma reflexão: se nos sentimos bem por um desconhecido dizer que nos aprecia, que dizer então quando são os nossos amigos a elogiar-nos? E se isso acontece, porque não elogiar os outros quando achamos que é merecido? Conseguimos duas coisas com isso:

- um sorriso sincero da parte da pessoa amiga

- um sorriso para nós mesmos porque fizemos alguém sorrir...

É um bom sentimento.

08.02.06

A história que dura o tempo de uma viagem de metro (ou a história de passar por cima das regras)


Sem Asas

Mais uma viagem chata... por duas razões óbvias: tinha perdido estupidamente o autocarro (e agora tinha que ir de metro, que era muito mais demorado) e não se lembrara, ao sair de casa, de trazer um livro para se distrair.


Enquanto pensava nisso, um rapaz sentou-se à sua frente. Sem muito interesse olhou para ele. Era um turista (bastava ver o mapa de Lisboa que trazia na mão para o confirmar!), magro e com o cabelo todo despenteado, de calças bastante gastas e ténis sujos de percorrer a cidade, transportando uma mochila bastante usada. Mas os olhos... os olhos eram de tirar o fôlego! Azuis como o céu, lindos, brilhando numa cara que, tal como os olhos, era difícil esquecer. Até a barba de dois dias lhe ficava bem!

Consciente que já estava a olhar há demasiado tempo, sentou-se mais direita no banco e concentrou-se em olhar para a estação que passava do lado de fora da janela. De que interessa conhecer uma pessoa se depois não a via nunca mais? O facto era que gostara do que vira, mas era só isso. Só podia ser isso e nada mais.

Mas quando o metro entrou no túnel, deu por si a olhar para o reflexo dele, era impossível escapar... e ele estava também a olhar para ela. Sentiu um nervosismo na barriga como não sentia já há muito tempo. Finalmente, aceitou as regras do jogo e este começou: a troca de olhares, o fingir que o outro não está a perceber o que se passa, o gosto de olhar para a outra pessoa porque nos sentimos realmente atraídos por ela. Este jogo desenrolava-se sob os olhares indiferentes daqueles que seguiam com eles no metro, àquela hora da tarde.

É uma sensação deliciosa a que este jogo deixa, é como se as almas comunicassem através dos olhares, e assim tomam o seu alimento que é a pura beleza. É algo puro, sublime, que não necessita de gestos ou palavras. E neste enlevo, nem um nem outro dá pelo tempo passar (sem contar com o desejo latente que o outro não saia na próxima paragem). Olha-se de viés para confirmar que cada um quer que a viagem dure para sempre.

Mas o tempo passou e o metro avançou até que finalmente ela chegou à estação onde devia sair. E chegando ao fim desta viagem, ganhou coragem e quando se levantou parou à frente dele. Tocando suavemente com as duas mãos no rosto dele, fê-lo olhar para ela, intensamente e um pouco confuso… então e as regras do jogo?

E nesse instante, ela baixou a cabeça e deu-lhe um beijo nos lábios. Tão puro como o sentimento que o unia agora a ele. E num doce sussurro, que só ele conseguiu ouvir, disse-lhe: "És belo e eu amo-te."

Dito isto, voltou-lhe as costas e saiu, saboreando ainda o sabor dos lábios dele e sabendo que nunca mais o veria na sua vida.

07.02.06

Cordelinhos e afins...


Sem Asas

 

marioneta.jpg

As conveniências sociais foram inventadas para aqueles que não sabem pensar por si mesmos e ser verdadeiros. Se uma pessoa for "bem-formada" não existe razão para seguir regras pré-estabelecidas sem pensar nelas. Se devemos pensar antes de agir, isso também se aplica na relação com os outros! Se recebemos uma prenda, sentimo-nos na obrigação de ir a correr comprar algo, só para compensar. Das duas, uma: ou queremos realmente oferecer algo com significado (e isso não se compra em 20 minutos) ou estamos simplesmente a ser hipócritas!

Que tal cortar os cordelinhos que alguém lá atrás segura obrigando-nos a agir de certa maneira e começarmos a pensar por nós próprios??

 

06.02.06

Fear of falling


Sem Asas

 

10sandman.jpg

"It's sometimes a mistake to climb, it is always a mistake never even to make the attempt. If you do not climb, you will not fail. This is true. But is it that bad to fail, that hard to fall?

Sometimes you wake up. Sometimes the fall kills you. And sometimes, when you fall... you fly."                                                                       

                                                                                   Neil Gaiman, in The Sandman

Como sabes então o que vai acontecer? Não sabes. Tens de confiar no Sonho. Fugir só será pior...

06.02.06

Direito de chorar


Sem Asas

Hoje não quero sorrir.
(Tenho direito a isso)
Hoje quero chorar, dizer a todos que me dói o coração, a alma, o ego.
Hoje quero gritar bem alto para que todos saibam isso, como uma criança birrenta.
E, tal como uma criança, depois de gritar, e espernear, e chorar à vontade,
distraio-me com uma raio de sol
e como uma criança, volto a sorrir...

 

03.02.06

O pôr-do-dol


Sem Asas

O sol desce uma vez mais em direcção à terra, pondo-se por detrás dos prédios altos. Diverte-se a pintar do céu em tons rosa, passando pelo laranja e amarelo suave, misturado com o azul e o cinzento das nuvens. O espectáculo de luz e cor prende o meu olhar, e eu liberto-me por uns instantes para contemplá-lo. Este é um daqueles momentos que valem a pena viver... A cidade continua, apressada para chegar a casa, fazer o jantar, decansar um pouco para ir amanhã para outro dia de trabalho. Eu por mim, ligo o rádio do carro o aproveito o momento que passa...

03.02.06

A viagem


Sem Asas


Cansada, ela encosta a cabeça ao vidro da janela, fecha os olhos e acaba por adormecer. Não repara que o rapaz sentado à sua frente a observa, fascinado. De vez em quando, o seu olhar desvia-se para a paisagem que passa a correr, mas volta sempre à apreciação dos traços delicados do rosto dela, à observação das suas mãos (lindas!) pousadas em cima da mala, da sua maneira bonita mas discreta de vestir.
Quando chegam ao fim da linha, ela acorda e abre os olhos. Ele olha uma vez mais para ela e decide-se:
- Olha... não me estou a tentar meter contigo. Mas quero só dizer... que ficas linda quando estás a dormir.

Ela olha surpreendida para ele, sem saber o que dizer. Mas ele não lhe dá oportunidade, levante-se e sai do comboio, sem reparar no sorriso que nasce nos lábios da rapariga...

 

Pág. 1/2